A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Núcleo de Fatores Biológicos e Entomologia, em parceria com o Ministério da Saúde, realizou, nesta semana, uma capacitação técnica para enfrentamento da esquistossomose, doença endêmica em diversos municípios do litoral paraibano. A ação envolveu uma qualificação em vigilância, diagnóstico e sistema de informação.
A capacitação fortalece o compromisso da SES com os municípios e aproxima o Sistema Único de Saúde (SUS) da população que mais necessita dessas políticas de controle. O evento contou com a participação da Gerência Operacional de Atenção Básica e de profissionais das Vigilâncias Ambiental, Epidemiológica e Laboratorial, além de apoio do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PB) e da Vigilância Entomológica Estadual. A iniciativa teve como foco os seis municípios com maior incidência da doença: Lucena, Santa Rita, Conde, Alhandra, Caaporã e Pitimbu.
Segundo o chefe do Núcleo de Fatores Biológicos e Entomologia, Nilton Guedes, o treinamento busca qualificar o trabalho local de combate à esquistossomose, aprimorando a análise das informações e possibilitando decisões mais estratégicas: “O objetivo foi levar informações que permitam aos gestores e técnicos tomadas de decisão mais assertivas e identificar áreas que ainda não estão sendo trabalhadas. Estamos fortalecendo a parceria com os municípios para que o SUS esteja ainda mais próximo da população que precisa desses serviços”, explicou.
A atividade contou com a presença da consultora técnica do Ministério da Saúde, Deiviane Calegar, que destacou o papel da visita técnica no fortalecimento do Sistema de Informação da Esquistossomose (Sispce). “Durante a semana, tivemos três dias de qualificação no sistema e um dia de trabalho de campo. O sistema existe desde 1996 e contempla todos os componentes da vigilância: casos humanos, vetor (caramujo) e diagnóstico. O objetivo principal foi qualificar técnicos municipais, especialmente os que chegaram recentemente à vigilância da esquistossomose”, afirmou.
A visita teve caráter técnico e de apoio, com foco em fortalecer as ferramentas já existentes, além de estimular a implementação do sistema de vigilância em municípios onde ele ainda não é utilizado. A proposta é que a capacitação seja estendida gradualmente a todos os municípios que compõem a área endêmica da doença no estado.
A SES dará continuidade às capacitações nos demais municípios da área endêmica, ampliando o alcance das ações e reforçando o compromisso com a saúde pública e o controle das doenças tropicais negligenciadas.
